Sri Adi Shankaracharya
Shankara, considerado santo, filosofo e poeta, nasceu em ou por volta de 686 a. C., de pais brâmanes, em Kaladi , vilarejo do Malabar Ocidental no estado do Kerala, no sul da Índia. Aos dez anos já era um prodígio acadêmico. Não só tinha lido e decorado todas as escrituras como escrevera comentários sobre muitas delas e travava discussões com renomados eruditos que de todas as partes do pais acorriam para vê-lo.
A Vedanta e uma das escolas tradicionais da filosofia da Índia (Darsanas). E considerado como sendo a culminância do pensamento expresso pelos Vedas.
A tradição antiga da Índia conhecida como Brahmanismo havia entrado em decadência com a mecanização dos seus rituais e o estabelecimento de normas rígidas de estratificação social através da deturpação do conceito de castas, Foi então que no século VI a.c. nasceram os chamados movimentos de protesto que buscavam revitalizar a tradição através de novos caminhos. E o período onde nasceram o Budismo, o Jainismo entre outras. O Budismo, com sua amplitude de pensamento, praticamente assumiu uma posição importante na Índia, ultrapassando a antiga tradição brahmânica. Mas com a Vedanta, o Hinduísmo restabelece, em formas novas, a antiga tradição dos Vedas.
Shankara viu que seus professores não praticavam as sublimes verdades que pregavam. De fato, a Índia estava passando por um período de decadência espiritual. Shankara, ardendo de zelo juvenil, resolveu fazer de sua vida um exemplo que pudesse reconduzir os homens a senda da verdade.
Por essa época, seu pai faleceu. O menino se viu as voltas com o enigma da vida e da morte, e decidiu decifrá-lo. Iria renunciar a tudo em sua busca do significado da existência.
Shankara então persuadiu sua mãe a deixá-lo consagrar-se a vida monástica, prometendo ir visitá-la antes que ela morresse. Depois, tendo providenciado o indispensável as suas necessidades, partiu em busca de seu Mestre.
A margem do rio Narmada encontrou Guadapada, celebre filosofo e vidente que alcançara o conhecimento da realidade. Shankara pediu ao velho sábio que se encarregasse de sua iniciação, mas Guadapada recusou-se a atendê-lo. Fizera o voto de permanecer absorto na união com Brahman. Enviou, porem, o menino ao seu principal discípulo, Govindapada, que o iniciou e instruiu-o na meditação e no interior processo do Yoga. Em pouco tempo Shakara começou ele próprio a ensinar.
Shankara começou a ensinar entre os eruditos do pai, convertendo primeiro os professores, depois os alunos deste.
Shankara terminou seus dias em Kedarnath, no Himalaia. Ao deixar o corpo físico, tinha apenas 32 anos. Durante este breve período, fundara quatro monastérios e criara dez ordens monásticas. Foi essa a primeira vez em que se organizou o monasticismo na Índia, e o sistema de Shankara perdura at’e hoje. Shankara era mais um reformador do que um inovador.
Não pregou nenhuma nova doutrina ou credo, mas deu um novo impulso a vida espiritual do seu tempo.
A produção literária de Shankara foi enorme. Não só teceu comentários sobre o Vedanta Sutras, os principais Upanishades e o Bagavad-Gita como produziu duas importantes obras filosóficas: o Upadeshasahasri e o Vivekachudamani. Deixou também vários poemas, hinos, preces e obras menores sobre o Vedanta.
OS MATH E AS LINHAGENS DE SHANKARA
Fundou quatro monastérios, sendo o principal o de Sringeri, em Mysore e dez ordens de sanyasis denominadas Darshami, com os seguintes sufixos.
MOHA MUDGARAM – O FIM DA ILUSAO
Este poema Shankara escreveu com a morte do seu pai.
Quem é a esposa? Quem é o filho?
Estranhos são os caminhos deste mundo.
Quem és tu? De onde vieste?
Vasta e a ignorância, meu bem amado.
Medita, pois, sobre essas coisas e adora o Senhor.
Vê a loucura do homem:
Na infância ocupado com seus brinquedos,
Na juventude seduzida pelo amor,
Na maturidade curvada sobre as preocupações –
E sempre negligente com o Senhor!
As horas voam, as estações passam, a vida se escoa,
Mas a brisa da esperança sopra continuadamente sobre seu coração
O nascimento traz a morte, a morte o renascimento:
Esse mal não necessita de prova.
Onde, pois, o homem, está a tua felicidade.
Esta vida tremula na balança
Qual o orvalho em uma folha de lótus –
Não obstante, o sábio pode nos mostrar em um instante,
Em como atravessar este mar de mudanças
Quando o corpo se cobre de rugas, quando o cabelo encanece
Quando as gengivas perdem os dentes e o bordão do ancião
Vacila sobre o seu peso como um caniço,
A taca do seu desejo ainda esta cheia
Teu filho pode trazer-te sofrimento,
Tua riqueza não te garante o céu,
Não te vanglories, pois, de tua riqueza
Nem de tua família, nem de tua juventude
Todas elas passam, todas hão de mudar.
Sabe isso e sê livre.
Entra na alegria do Senhor.
Não busque a paz bem a discórdia
Com amigos ou parentes.
O bem-amado se quer alcançar a liberdade, Sê igual em tudo.
Adi Shankaracharya.
Trabalhos de Shankara
Bashyas _ (Comentários) nos livros:
Brahma Sutra
Isavasya Upanishad
Katha Upanishad
Kena Upanishad
Prasna Upanishad
Mundaka Upanishad
Mandukya Upanishad
Mandukya Karika
Aitareya Upanishad
Taittireya Upanishad
Chandogya Upanishad
Brihad Aranyaka Upanishad
Sree Nrisimha Tápaneya Upanishad
Sreemad Bhagavad Gita
Sree Vishnu Sahasranama
Sanat Sujatéyam
Lalita tri-satee
Hastãmala Keyam
Prakriya _ (Livros escritos)
Viveka Chudamani
Aparokshanu Bhuti
Upadesa Sahasri
Vakya Vritti
Swatma Niropanam
Atma- Bodha
Sarva Vedanta Sara Samgraha
Prabodha Sudhakaram
Swatma Prakasika
Advaita Anubhuti
Brahma – Anuchintanam
Prasna – uttara Ratma- Mãlikã
Sadachara – anusandhanam
Yaga Taravali
Anatma – Sree Vigarhanam
Swarupa – anusandhanam
Pancheekranam
Tattwa – Bodha
Prinda – Anubhuti
Brahma Inanavali
Moha Mudgaram (Bhaja Govinda)
Laghu Vakyavritti
Prapancha Sãram
HINOS E VERSOS DE MEDITAÇÃO
Sri Ganesha Pancharatnam
Ganesha Bhujangam
Subramanya Bhujangam
Shiva Bhujangam
Devi Bhujangam
Bhavani Bhujangam
Sree Rama Bhujangam
Vishnu Bhujangam
Sarada Bhujangam
Shivananda Lahari
Soundarya Lahari
Ananda Lahari
Shiva – Pãdãdi – Kesãnta – Varnana Stotram
Shiva – Kesãdi – Pãdãnta – Varnana Stotram
Sree Vishnu- Pãdãdi-Kesanta – Varnana Stotram
Uma – Maheswara Stotram
Tripurasundari Vedapada Stotram
Tripurasundari Mãnsapuja Stotram
Tripurasundari Ashtakam
Devi – Shashti – Upachara – Puja Stotram
Mantra – Matruka – Pushpamãla Stavam
Kanakadhara Stotram
Anna Poorna Stotram
Ardha – Naree – Natesvara Stotram
Bhramana – Amba – Ashtakam
Meenakshi Stotram
MeenaKshi Pancharatnam
Gouri Dasakam
Navaratna Malika
Kalyana Urishti – Stavam
Lalita Pancharatnam
Maya panchakam
Suvarna Mala Stuti
Dasa Sloki
Veda Sara siva Stotram
Siva Panchãkshara Stotram
Siva Aparadha – Kshamapana Stotram
Mrityunjaya Mãnasa Puja Stotram
Shiva Namavali Ashtakam
Kala Bhairava Ashtakam
Shat-Pade stotram
Shiva – Panchakshara – Nakshatra – Mala Stotram
Dwadasa – Linga Stotram
Kasi Panchakam
Hanumat Pancharatnam
Lakshmi – Niri Simha – Pancharatnam
Lakshmi – Niri Simha Karunarasa Stotram
Panduranga – Ashtakam
Achyuta – Ashtakam
Sree Krishna Ashtakam
Hari Stuti
Govinda Ashtakam
Bhagavat – Manasa – Puja
Prata – Samrana – Stotram
Jagannatha Ashtakam
Gurvashtakam
Narmada – Ashtakam
Yamuna – Ashtakam
Ganga – Ashtaram
Manikarnika – Ashtakam
Nirguna Mãnasa Puja
Eka Sloki
Yati Panchakam
Jevam – Mukta – Ananda – Lahari
Dhanya – Ashtaram
Upadesa Panchakam
Sata Sloki
Manesha Panchakam
Advaita Pancharatnam
Nirvana Shatkam